Localizado em Juiz de Fora, o Museu Mariano Procóp
"Seria a chácara destinada a hospedar o imperador
“No alto de uma suave colina próxima à estação de diligências, o comendador Mariano Procópio mandou construir seu castelo de tijolinhos, rodeado por um denso jardim inglês repleto de ornamentação rústica, lagos, ilhotas e arvoredos. Seria a chácara destinada a hospedar o imperador D. Pedro II, por ocasião da inauguração da rodovia União & Indústria, em 1861. Mas o augusto monarca só conheceria o bom gosto de seu anfitrião em 1869, durante a segunda visita da família imperial à Juiz de Fora, já que o castelo não ficou pronto na época prevista.
O projeto da mansão foi encomendado ao arquiteto alemão Carlos Augusto Gambs, chefe da equipe de engenheiros e arquitetos da Companhia União & Indústria, que planejou um castelo totalmente em alvenaria de tijolos. O projeto paisagístico do parque e dos jardins é atribuído ao francês Auguste Marie Francisque Glaziou, que traçou também os jardins da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro e do Palácio Imperial de Petrópolis.
A quinta do comendador era composta ainda de três outras casas, ocupadas atualmente pela sede da Quarta Região Militar. O castelo e o parque, hoje o Museu Mariano Procópio, começam a se tornar um patrimônio de Juiz de Fora por iniciativa de Alfredo Ferreira Lage, o culto filho do comendador Mariano, que investiu sua fortuna na formação de um rico e variado acervo – com peças históricas, artísticas e científicas -, transformando em museu, doado a cidade em 1936 e tombado pelo patrimônio municipal na década de 1980.”
Renan Portes -renan@guiandojf.com.br |